O que me tem prendido o foco tem sido imaginar um sistema
mono-bloco ou único que seria a estrutura de um edifício que se molda
conforme as suas solicitações.
O processo seria sobretudo passivo, a reação seria natural.
Sentem no sofá violeta e, continuem lendo....
Hoje as soluções mais conhecidas são de metal, betão (concreto) armado, madeira e fibras .
À partida podemos reconhecer que funcionam muito bem se os esforços colocados na estrutura forem aqueles que foram estudados previamente.
Hoje o conhecimento
de geometria e forças permite que o desenho dos objetos estruturais
tenham um comportamento muito bem definido e eficaz.
Os estudos são bem objetivos e consistentes naquilo que é a ação/reação do material/geometria/forças.
Agora, o desafio será obter um sistema estrutural que adequa sua geometria às forças variáveis
(ok, temos algo assim como as superfícies de tensão mínima) que muda a
sua forma e densidade conforme a necessidade, conforme sua capacidade de
resistência.
Concordamos que um elemento que vai
trabalhar sobretudo à flexão (ex. viga) a forma da sua secção vai ser
determinante para a sua resistencia, soluções mistas como betão e ferro
funcionam muito bem pois na área onde vai haver compressão temos o
betão, onde vai existir tracção temos o ferro.
O
que acontece se se inverterem as forças no sistema? o ferro até
resistirá bem à compressão mas, o betão não vai resistir à tracção... não vamos nem falar se o ambiente mudar muito - tipo incêndio....
Se pensarmos um pouco sobre.... o ideal será um núcleo resistente à compressão e em volta uma camada de material resistente à tracção com papel activo, ou seja, um sistema preparado para reagir a algo que venha de todo o lado "sem ângulos mortos".
Gosto
de pensar em uma combinação perfeita com dois materiais, um externo e
um interno, que se complementam. No meu imaginário tenho uma parte
externa (tipo tecido) que dilata e contrai conforme a necessidade. Acho
até interessante entender/dotar essa pele com "inteligência" ou seja as
várias fibras dela dilatariam ou contrairiam formando uma secção
diferente na estrutura conforme a reacção necessária (ver materiais inteligentes) as fibras que estou propondo seriam tipo kevlar® (ver artigo kevlar)
O material interior teria que ser algo tipo terra ou pequenos grãos...ricos em uma substancia tipo Teflon...o
Teflon é o que vai manter a consistência do material pois ele vai ser
comprimido para resistir aos esforços e vai ser descomprimido ou
reorganizado para mudar de forma e consequente geometria da estrutura.
Esse interior perfeitamente solicito com o material externo vai ser
essencial e no meu conceito ele vai ter de ser diferente para a
estrutura poder crescer.
Em conceito então vamos ter um...tubo...fibroso, maleável e "auto-moldável",
esse tubo para pertencer a uma rede mais complexa que vai formar a
estrutura propriamente dita vamos então visualizar uma malha que irá
envolver a nossa construção sugiro para este conceito uma geometria geodésica
essa geometria mostra-se interessante pois permite o consume de
material mínimo para maior volume interno... dominada a geometria da
estrutura temos que entender o seu crescimento e também que para
permitir variações volumétricas dentro da estrutura o material
contido (neste momento terra + teflon) ele tem que poder se movimentar
em velocidades e quantidades variáveis, tem que se manter sempre pronto
para modificar sua forma e não pode agredir a pele externa.